




Nome: Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves.
Ano do início das obras: 1985.
Ano de inauguração: 7 de setembro de 1986.
Arquiteto: Oscar Niemeyer.
Engenheiro clculista: Joaquim Cardozo.
Características do Monumento: É um memorial cívico fúnebre para homenagear pessoas brasileiras que, de algum modo, serviram para a maturidade e engrandecimento da Nação Brasileira. Patrocinado pela Fundação Bradesco e doado ao governo brasileiro durante a gestão de José Sarney. Como não se trata de um mausoléu, o termo correto para designar o monumento deveria ser cenotáfio, significando um memorial fúnebre erguido para homenagear alguma pessoa ou grupo de pessoas cujos restos mortais estão em outro local ou estão em local desconhecido. Possui área total construída de 2 105 m². O Panteão foi tombado em 2007, pelo IPHAN, junto com outras 34 obras de Oscar Niemeyer, que completara cem anos. Diferentemente de outros panteões, o Panteão da Pátria não contém túmulo de nenhum dos homenageados. A estrutura abriga também duas esculturas que homenageiam os mártires da Inconfidência Mineira. A primeira, intitulada Mural da Liberdade, foi realizada por Athos Bulcão e localiza-se no segundo pavimento no salão Vermelho. Constitui-se de três muros modulares, cada qual medindo 13,54 m de comprimento por 2,76 metros de altura, formando o triângulo símbolo do movimento mineiro. A segunda, intitulada Painel da Inconfidência Mineira, foi realizada por João Câmara Filho e localiza-se no terceiro pavimento. Constitui-se de sete painéis, cada qual ilustrando uma fase da inconfidência, tendo como foco o suplício de Tiradentes.
Idéia do arquiteto: Apresenta arquitetura modernista simbolizando uma pomba. Possui três pavimentos, somando área total construída de 2 105 m². Sua pedra fundamental foi lançada pelo presidente da França, François Mitterrand, em 15 de outubro de 1985.
Salão vermelho: A área expositiva, inteiramente dedicada a Tancredo Neves, foi reinaugurada em 2013. A nova concepção, curada por Marcello Dantas e Silvia Albertini, privilegia o contato direto do público com os assuntos tratados, por meio da exposição de cópias de documentos, filmes de Silvio Tendler e tecnologias interativas. Seu intuito é homenagear todos aqueles que se destacaram em prol da pátria brasileira. Sua concepção se deu durante a comoção nacional causada pela morte de Tancredo Neves, o primeiro presidente civil eleito – ainda que indiretamente – após vinte anos de regime militar, em 1984. Encontra-se o mural da Liberdade, do artista plástico Athos Bulcão.
Andar Superior: Os nomes dos homenageados constam no "Livro de Aço", também chamado "Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria", o qual lhes confere o status de "herói nacional". O tomo se encontra no terceiro pavimento, entre o Painel da inconfidência, escultura em homenagem aos mártires do levante mineiro oitocentista e o vitral de Marianne Peretti. Toda vez que um novo nome é gravado em suas laudas de metal juntamente com sua respectiva biografia, uma cerimônia in memoriam ao homenageado é realizada.
Chama eterna: No lado externo, no alto de uma torre erguida em diagonal, arde a chama eterna. Uma chama pequena, que representa a liberdade do povo e a independência do País.
Livro de Aço:
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Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes
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Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, Incluído pela lei 7.919.
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Sua Majestade Imperial (S.M.I.) Dom Pedro I (nome completo: Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bourbon e Bragança), primeiro imperador do Brasil, proclamador da independência e fundador do Império brasileiro.
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Marechal Luís Alves de Lima e Silva, duque de Caxias
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Francisco Alves Mendes Filho, o "Chico Mendes"
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Coronel José Plácido de Castro, incluído em 2004 por ocasião do centenário da celebração do Tratado de Petrópolis.
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Almirante Joaquim Marques Lisboa, marquês de Tamandaré.
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Almirante Francisco Manuel Barroso da Silva, barão do Amazonas.
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Marechal-do-ar Alberto Santos Dumont, incluído em 2006 por ocasião do centenário do voo do 14 Bis.
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José Bonifácio de Andrada e Silva, o Patriarca da Independência.
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Frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, mártir da Confederação do Equador.
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Brigadeiro Antônio de Sampaio.
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José Tiaraju, vulgo Sepé Tiaraju, herói guarani missioneiro rio-grandense.
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Anna Justina Ferreira Nery, mais conhecida como Anna Nery, tida como a primeira enfermeira brasileira e heroína na guerra do Paraguai.
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Hipólito José da Costa Furtado de Mendonça, jornalista criador do Correio Braziliense.
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Getúlio Dorneles Vargas, ex-presidente da república.
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Mário Martins de Almeida, Euclides Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Américo Camargo de Andrade, conhecidos pela sigla MMDC (Martins-Miragaia-Dráusio-Camargo), heróis paulistas da Revolução Constitucionalista de 1932.
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Domingos José Martins, um dos líderes da Revolução Pernambucana de 1817.
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Leonel de Moura Brizola. Líder político trabalhista, foi governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro. Liderou o movimento da legalidade em 1961.
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Ana Maria de Jesus Ribeiro, vulgo Anita Garibaldi.
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Francisco Barreto de Meneses, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Henrique Dias, Antônio Filipe Camarão e Antônio Dias Cardoso, heróis da Batalha dos Guararapes, que expulsou os neerlandeses de Pernambuco no séc. XVII.
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Bárbara Pereira de Alencar, primeira presa política do Brasil. Heroína do Ceará, líder independentista, republicana e abolicionista.
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Clara Filipa Camarão, indígena, considerada precursora do feminismo no Brasil.
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Jovita Alves Feitosa , voluntária que lutou na Guerra do Paraguai.
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Zuleika Angel Jones, ativista política que atuou na época da Ditadura militar, especialmente na busca pelos desaparecidos.
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Joaquim Maria Machado de Assis, escritor.
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José Feliciano Fernandes Pinheiro, primeiro visconde de São Leopoldo, magistrado e um dos fundadores do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
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Primeiro-Tenente Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha, escritor e jornalista brasileiro.
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Joaquim Francisco da Costa - Irmão Joaquim.
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Luís Gonzaga Pinto da Gama - Luiz Gama, advogado, um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX.
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Caio Vianna Martins - Escoteiro modelo do Brasil, famoso pela frase "Um escoteiro anda com suas próprias pernas".
Marianne Peretti: É uma artista plásticafranco-brasileira. Vive em Pernambuco, estado natal de seu pai. É a mais importante vitralista do Brasil, e foi a única mulher na equipe de Oscar Niemeyer na construção de Brasília.
Filha da modelo francesa Antoinette Louise Clotilde Ruffier e do historiador pernambucano João de Medeiros Peretti, Marie Anne Antoinette Hélène Peretti nasceu em Paris, França, no dia 13 de dezembro de 1927. Cresceu e foi educada em Paris, tendo sido expulsa do Lycée Molière e do Lycée Victor Duruy por fugir da escola para pintar. Ainda lá, estudou desenho e pintura, como a aluna mais jovem, com 15 anos, na École Nationale Supérieure des Arts Décoratifs e depois foi para a Académie de La Grande Chaumiére, em Montparnasse, onde foi aluna de Édouard Goerg e de François Desnoyer; fez sua primeira exposição individual na Gallerie Mirador.
Marianne Peretti em 2011
Veio morar em definitivo no Brasil em 1956, onde passou a desenhar e pintar pelo Ceará, Pernambuco e Bahia. Participou da 5ª Bienal em São Paulo, onde ganhou o prêmio de melhor capa pelo livro, As Palavras, de Jean-Paul Sartre. Realizou várias exposições, individuais e coletivas, em Paris, São Paulo, Olinda, Rio de Janeiro e outras cidades. Também executou esculturas, vitrais e relevos para edifícios públicos e residências particulares, em grandes cidades do Brasil, especialmente São Paulo, Brasília e Recife, e países da Europa, principalmente França e Itália.
Oscar N. conheceu o trabalho dela já no Brasil, em um vitral feito para a arquiteta Janete Costa, ele a convidou para participar de seus projetos. A partir de então, passou a se concentrar mais nessa arte.
Sobre a construção da capital nacional ela afirma, “Era tudo de repente e tudo muito rápido, porque a cidade estava sendo inventada e tínhamos de nos adaptar a esse ritmo, de fazer o melhor em pouco tempo”. O primeiro vitral foi o da capela do Palácio do Jaburu.
“Me emocionava vê-la durante meses debruçada a desenhar os vitrais. Eram centenas de folhas de papel vegetal que coladas representavam um gomo da catedral”. Marianne Peretti é uma artista de excepcional talento, os vitrais maravilhosos que criou para a Catedral de Brasília, são comparáveis pelo seu valor e esforço físico as obras da renascença. Sua preocupação invariável é inventar novas coisas, influir com seu trabalho no campo das artes plásticas.—Oscar Niemeyer
Principais Vitrais:
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Capela do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF/5ª) - Recife, Pernambuco.
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Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) - Recife, Pernambuco.
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Memorial Teotônio Vilela - Maceió, Alagoas.
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Edifício do Grupo Burgo - Turim, Itália.
Principais Murais e Esculturas:
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Escultura em bronze, no hall de entrada da Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães, do TCE-PE. - Recife, Pernambuco.
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Escultura em ferro da Assembleia Legislativa do Piauí - Teresina, Piauí.
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Escultura em bronze do Teatro Nacional Cláudio Santoro - Brasília, Distrito federal.
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Escultura da biblioteca do Memorial da América Latina - São Paulo, São Paulo.
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Escultura para o Le Volcan (Centro Cultural Le Havre) - Le Havre, França.
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Escultura para a Editora Mondadori - Milão, Itália.
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Painéis esculturais do Senado Federal - Brasília, Distrito federal.
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Mural do Museu do Carnaval - Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.